sábado, 17 de outubro de 2009

Rumos profissionais e Geoprocessamento

Boa noite pessoALL,

Como estão?

Hoje o assunto não é tecnologia. É profissão, carreira, essas coisas de Revista Você S/A.

Conheço muita gente que trabalha e trabalhou com Geoprocessamento. Não tenho muito tempo de profissão, sou um geógrafo recém formado, mas conheço bastante gente que trabalha com Geoprocessamento e seus diferentes estilos de trabalho.


Vamos analisar um caso hipotético de dois personagens, dois profissionais. Imaginem por um momento que tenham a mesma formação, a mesma disponibilidade de informação, etc. Se os dois fossem começar a trabalhar hoje, seriam iguais. Ah, vamos imaginar também que os dois profissionais são pessoas normais, têm família, estudam o que podem, quando podem e o que lhes é mais interessante.

Vamos dizer que o Sabilson, é um profissional com 10 anos de experiência com Geoprocessamento, aplicado à exploração mineral, ou utilities, ou transportes (ou qualquer área em que o Geoprocessamento possa ser aplicado).

Sabilson sabe tudo de transportes. Sabe todas as etapas de seu trabalho, conhece o modelo de dados (mesmo que em nível sub-consciente), todos os atalhos e "manhas", sabe como a coisa funciona dentro de sua organização. Ele conhece o organograma, as necessidades e as dificuldades. Sabilson é focado em transportes.

Se Sabilson mudar de emprego, e for trabalhar com Geomarketing, ele será tão bem sucedido quanto na área de transportes?

Será que Sabilson tem, depois de 10 anos de trabalho, a mesma disposição para um back to basics? Disposição de aprender banco de dados à fundo, ou programação, ou sobre Geomarketing aplicado?

Agora imagine o José. O José é um profissional que tem 10 anos de experiência, mas aplicado à diversas áreas. José conhece Geoprocessamento. José conhece um pouco de  programação orientada à objetos, conhece Análise espacial e conhece banco de dados geográficos. Conhece os fundamentos, os princípios e sabe o que é uma chave primária, um objeto, uma classe e tenta adaptar seu raciocínio à qualquer área ou projeto que trabalhe.

Mesmo que tenha dificuldades em conhecer o emaranhado de detalhes existente em determinada área, como transportes por exemplo (que geralmente possui um modelo de dados complexo, cheio de tabelas, muita informação temporal), ele conseguirá aprender e dominará com certa rapidez as necessidades existentes?

Existem áreas que são delicadas demais para José? Será que ao invés de José, o projeto não precisasse de um Sabilson? Um profundo conhecedor de um determinado ramo?

Sabilson leva vantagem sobre José em algumas coisas: sabe o que funciona e o que não funciona. Mas José tem à seu lado ferramentas indisponíveis (em teoria) para Sabilson, e pode desenvolver meios de trabalhar de forma mais rápida.

Agora as perguntas. Gostaria de ouvir (ou ler :P) comentários sobre isto.

Qual dos dois profissionais têm, à longo prazo, mais chance de sucesso? Qual deles é melhor valorizado? Qual deles tem maior prestígio?

Tenho certeza que temos lugar no mercado para os dois tipos de profissionais, são estilos difererentes. Qual é o seu estilo?

Durante o tempo que trabalho com Geotecnologias, vejo estas duas tendências nos profissionais da área. O generalista ou o específico. Vocês percebem esta diferença? Ela existe ou estou viajando na maionese?

Existe alguma formação que privilegia um estilo de trabalho? Alguma formação é mais indicada para cada tipo?

PS: não existe um perfil "certo". Cada um tem o seu, e faz o melhor com que se tem a disposição.
Abraços

sábado, 10 de outubro de 2009

PgCon BR 2009 - Campinas

Opa pessoal! Vamos fazer um pouco de propaganda aí!

Nos dias 23 e 24 de outubro, ocorrerá em Campinas a PgCon BR!

Serão diversas palestras de grandes programadores, DBAs e usuários sobre o maior (e melhor, sorry MySQL) banco de dados livre do mundo.

As palestras são diversas, com temas importantes para os utilizadores deste grande software, desde otimização do banco de dados, desenvolvimento de extensões, e claro, PostGIS.

São duas palestras sobre a extensão espacial, uma delas, ministrada por mim, sobre o uso do PostgreSQL + PostGIS para o cadastro de acidentes de trânsito.

Grandes nomes internacionais estarão no evento, como Bruce Monjiam e Magnus Hagander. Vale a pena ir e conferir as palestras.


A programação está disponível em: http://pgcon.postgresql.org.br/2009/programacao.php

Ah, faça sua inscrição antes do dia 13. Tem desconto!

PGCon Brasil 2008


Vamos participar e ajudar este software maravilhoso à crescer!

Análise espacial: rapidinha 2

Quanto à pergunta que fiz no post anterior: como o ArcGIS trabalha com áreas de análise irregulares (não ímpares e de altura largura diferentes?)

Bem, imagine a seguinte área de análise (definida em qualquer ferramenta de matemática de rasters/estatística de rasters - na análise focal)

-----------------
2 3
1 1 1
1 1 1
-----------------

Qual é a célula central deste bloco? O ArcGIS trunca o bloco, permitindo selecionar a célula a ser reescrita.

No caso acima, ele analisa duas linhas com três pixels cada. A célula central de cada linha é a célula de número 2 (1 2 3). Mas qual é a célula central na altura? O software considera ela sendo a célula de número 2, na linha 1, para este bloco especifico.

No caso proposto acima, somente esta célula seria reescrita.